Os ELEMENTOS COESIVOS ganharam destaque na décima oficina do Gestar II referente ao TP 5 – Estilística, Coerência e Coesão. As PALAVRAS reinaram imperiosas ao tratarmos de Estilística na oficina nove, mas agora cederam espaço merecido aos conectores, estes, a turma da “cola”, tão presentes em nossas aulas de Língua Portuguesa, mas tão distantes nos textos de nossos alunos. Mas como assim? Se estão presentes, como distantes?
Com esse questionamento e muitos outros, propusemos a reflexão em torno destes conceitos na oficina que realizamos com nossos professores e coordenadores pedagógicos. Vale esclarecer que ao destacarem-se os elementos coesivos, não os tomamos como únicos responsáveis pela coerência dos textos. Eles tem, sim, um papel relevante, porém devem e estão agregados a outros fatores contextuais tão importantes quanto eles próprios para a lógica dos textos. Lógica aqui entendida como o fator que legitima uma unidade lingüística em texto. AS RELAÇÕES LÓGICAS DO TEXTO proposta na discussão da unidade 20 garantiu o equilíbrio deste dueto, coesão e coerência, que apesar de didaticamente separados, na prática sabemos não tê-los assim.
MINHAS IMPRESSÕES DA OFICINA
Devo dizer inicialmente que, ao concluir os trabalhos, alguns cursistas me perguntaram se teria, para esta oficina, uma recuperação. Entende, leitor, o significado dessa pergunta? Pois bem, não teria eu atingido os objetivos a que me propus? Talvez. Mas prefiro entendê-la, a pergunta, como uma sinalização da importância do estudo desses conceitos entre nós, professores de Língua Portuguesa. Acho que nenhuma oficina ainda tinha ficado tão forte a sensação de que “aquilo que dá trabalho”, pode ser, na maioria das vezes, o que dá prazer. Foi essa a sensação de todos nós durante e ao terminar a oficina sobre esse tema.
Aqui pude retomar vários conceitos que já havíamos trabalhado e tocar em questões pertinentes ao trabalho com a linguagem em sala de aula. A base de toda essa discussão retoma concepções da lingüística textual, da análise e reflexão sobre a língua, da importância da situação sociocomunicativa para o sentido do texto. Pensar na estruturação da oficina foi muito importante para conseguir o resultado que obtive. Para ser mais clara, anexarei, a seguir, parte da estratégia utilizada na oficina e, concomitante, tecerei minhas observações.
PARA RETOMAR O CONTEÚDO DO CADERNO
1. O QUE ENTENDO POR COESÃO TEXTUAL?
2. O QUE JÁ SABIA ANTES DA LEITURA DESSE MATERIAL?
3. O QUE PASSEI A SABER DEPOIS DESSA LEITURA?
4. COMO DEVO ABORDAR ESTE TEMA EM SALA DE AULA?
5. EM QUE SÉRIE/ANO ESTE CONTEÚDO DEVE SER ABORDADO?
6. O QUE REALMENTE MEU ALUNO PRECISA SABER?
7. PODE UM TEXTO SE FAZER COMO TAL SEM COESÃO TEXTUAL?
8. PODE UM TEXTO SE FAZER COMO TAL SEM COERÊNCIA TEXTUAL?
9. COMO ESTÃO SENDO MEDIDOS OS CONHECIMENTOS DE NOSSOS ALUNOS SOBRE ESTE CONTEÚDO NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS?
10. COMO ESTÃO OS TEXTOS QUE PRODUZO EM RELAÇÃO A COESÃO TEXTUAL?
11. POR QUE, GERALMENTE, COESÃO E COERÊNCIA SÃO CONTEÚDOS TRATADOS LADO A LADO?
12. QUAIS CONCEITOS/CONTEÚDOS ESTÃO ENVOLVIDOS NO DE COESÃO TEXTUAL?
Para cada pergunta, uma importante discussão abriu-se, o que favoreceu muito o andamento e o entendimento dos conceitos aqui abordados. Veja que não estou dizendo tê-los elucidados completamente, na verdade, muitas outras dúvidas foram criadas a partir dessas discussões, mas dúvidas boas, instigantes, provocadoras, geradoras de novos questionamentos... a ponto de ser solicitado a chamada “recuperação” que de nada tem do tradicional conceito.
COMO ESTÃO SENDO MEDIDOS OS CONHECIMENTOS DE NOSSOS ALUNOS SOBRE ESTE CONTEÚDO NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS?
Para ajudar na discussão desta pergunta, elaborei um quadro constando as habilidades (descritores) de algumas avaliações externas (Diagnóstica do Gestar I e Gestar II e Prova Brasil) sobre coesão e coerência textual. Aqui também uma outra pergunta, de certa forma foi respondida - EM QUE SÉRIE/ANO ESTES CONTEÚDOS DEVEM SER ABORDADOS?- pois através dessas avaliações já podemos ver que conhecimentos referentes a esses conceitos já são esperados de alunos dos primeiros anos das séries iniciais. E como conseqüência, um outro questionamento vem à tona: Por que textos de nossos alunos, já no ensino médio, apresentam problemas relacionados a coerência e coesão, se desde sempre abordamos (ou deveríamos abordar) esses conteúdos em sala? Sem uma resposta definitiva, longe de tal pretensão, inferimos que talvez esse fato esteja relacionado à forma como abordamos esses conteúdos com eles, ou seja, trata-se de refletirmos e repensarmos o tratamento didático a eles dispensados.
TEXTOS GERADORES DAS ATIVIDADES DA OFICINA
Para cada texto, uma abordagem reflexiva a fim da construção de importantes conceitos de coesão e coerência. (Organizados em duplas,os cursistas).
TEXTO 1
1. Leia o texto, se possível, buscando inferir o seu significado. (Tempo: de 3 a 5 minutos).
O Brasil (Descrição Física e política)
_____________________maior do que_________ menor do que os__________ país______ porque, ___________________________ que não _________________-se ____________________ absolutamente ________: a primeira, a segunda e a terceira. _______________ consideravelmente mais altas que ___________________ sempre acima_______________________ entre as _____________________ do país, mas a mais ________________________________________ exclusivamente __ cultivo ______________ enquanto _____________criação de gado._________________________ elemento humano, sendo que ______________ no país ____ sem ________________________________________________ sobretudo____________ sem _____________________________________________________________________________ o país ___________________________ que ______ acima, ____, porém, _________________ do que ________ que _________ seu _______________________ que, ________seus __________________________________________ no mundo inteiro. ______________ enfim ______________ que __________________________________________________________ que _______________________________________ para _________ tudo __ que já ______________industrializável __ para ________, tudo __ que __ vendável.________ também não _________ essa ________ exclusivamente __________ Quanto ________________________ geralmente entre ___________.__, enfim, o país _________, sendo que este se_____________a cada dia que passa.
2. Da mesma forma, leia agora esse outro texto, antes vire o primeiro que receberam, e se possível, infira o seu sentido. (Tempo: 3 a 5 minutos).
TEXTO 2
O Brasil (Descrição Física e política)
O Brasil é um país ____________os menores e __________os maiores. É um ____grande, _______, medida sua extensão, verifica-se ____é pequeno. Divide-__ em três zonas climatéricas ___________distintas:________________________. As montanhas são ______________________________as planícies, estando _________do nível do mar. Há muitas diferenças _______várias regiões geográficas ____________importante é a principal. Na agricultura, faz-se _______________o _________de produtos vegetais, _________a pecuária especializa-se na__________. A população é toda baseada no __________________as pessoas não nascidas ________são, ____exceção, estrangeiras. Na indústria, fabricam-se produtos industriais, _______iguais e semelhantes, _____deixar-se de lado os diferentes. No campo da exploração dos minérios ______tem uma posição só inferior aos ____estão acima, sendo, _____, muito maior produtor ______todos os países ____não atingiram o ____nível. Pode-se mesmo dizer_____, excetuando-se seus concorrentes, é o único produtor de minérios____________. Tão privilegiada é ________a situação do país, que os cientistas procuram apenas descobrir o ____não foi descoberto, deixando ____a indústria, tudo o ___já foi aprovado como ___________e ______o comércio, tudo o que é__________. Na arte __________há ciência, reservando-se ____atividade ____________aos artistas. ________aos escritores, são recrutados geralmente entre os intelectuais. É, _______, o país do futuro, _____________se aproxima a cada dia ______passa.
PERGUNTA: Qual dos dois textos vocês conseguiram melhores inferências?
RESPOSTA ESPERADA E RECEBIDA: o segundo.
CONCLUSÃO: as palavras e conectores, ao se relacionarem a favor da construção de um texto, nesta perspectiva, os elementos coesivos estão a serviço das palavras (aqui tomadas como os substantivos, adjetivos e verbos).
3. Agora leiam o texto seguinte buscando ampliar as inferências que fizeram nos outros dois primeiros.
TEXTO 3
O Brasil (Descrição Física e política)
O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente distintas: a primeira, a segunda e a terceira. As montanhas são consideravelmente mais altas que as planícies, estando sempre acima do nível do mar. Há muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na agricultura, faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializa-se na criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção, estrangeiras. Na indústria, fabricam-se produtos industriais, sobretudo iguais e semelhantes, sem deixar-se de lado os diferentes. No campo da exploração dos minérios o país tem uma posição só inferior aos que estão acima, sendo, porém, muito maior produtor do que todos os países que não atingiram o seu nível. Pode-se mesmo dizer que, excetuando-se seus concorrentes, é o único produtor de minérios no mundo inteiro. Tão privilegiada é hoje, enfim a situação do país, que os cientistas procuram apenas descobrir o que não foi descoberto, deixando para a indústria, tudo o que já foi aprovado como industrializável e para o comércio, tudo o que é vendável. Na arte também não há ciência, reservando-se essa atividade exclusivamente aos artistas. Quanto aos escritores, são recrutados geralmente entre os intelectuais. É, enfim, o país do futuro, sendo que este se aproxima a cada dia que passa.
PERGUNTA: considerando que um texto informativo é aquele que de fato informa, no sentido de levar ao conhecimento do leitor algo que até então desconhecia ou ampliar o conhecimento daquilo que já conhecia um pouco, o texto que acabou de ler pode ser considerado realmente um texto?
RESPOSTAS: sob esse ponto de vista, não, uma vez que todas as supostas informações contidas nele são óbvias, não acrescentam nenhuma nova informação.
PERGUNTA: mas ainda assim, o que poderíamos considerar a mais que tornasse essa estrutura linguística num texto, de fato?
4. Agora observem o mesmo texto em sua configuração original (ou próxima a isso), seu suporte, autoria, enfim, suas condições de produção (situação sociocomunicativa).
TEXTO 4
(Para este texto, não consegui a postagem original como deveria ser. Na configuração original, ele se apresenta em letra cursiva, folha de caderno ilustrando um possível texto de aluno nas chamadas Redações Escolares.)
O Brasil (Descrição Física e política)
O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente distintas: a primeira, a segunda e a terceira. As montanhas são consideravelmente mais altas que as planícies, estando sempre acima do nível do mar. Há muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na agricultura, faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializa-se na criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção, estrangeiras. Na indústria, fabricam-se produtos industriais, sobretudo iguais e semelhantes, sem deixar-se de lado os diferentes. No campo da exploração dos minérios o país tem uma posição só inferior aos que estão acima, sendo, porém, muito maior produtor do que todos os países que não atingiram o seu nível. Pode-se mesmo dizer que, excetuando-se seus concorrentes, é o único produtor de minérios no mundo inteiro. Tão privilegiada é hoje, enfim a situação do país, que os cientistas procuram apenas descobrir o que não foi descoberto, deixando para a indústria, tudo o que já foi aprovado como industrializável e para o comércio, tudo o que é vendável. Na arte também não há ciência, reservando-se essa atividade exclusivamente aos artistas. Quanto aos escritores, são recrutados geralmente entre os intelectuais. É, enfim, o país do futuro, sendo que este se aproxima a cada dia que passa.
MILLÔR
PERGUNTA: qual a finalidade desse texto, agora considerando também o seu contexto?
RESPOSTAS: é um texto irônico, dado seu propósito crítico e humorístico ao mesmo tempo, e, evidentemente, considerando seu autor, conhecido como humorista. Essa relação contextualiza a finalidade do texto em questão, tornando assim possível o sentido (coerência) que buscávamos e não encontrávamos nas situações anteriores.
CONCLUSÃO: a utilização de elementos coesivos e de outros recursos e estruturas convencionais da língua não dão conta, por si só, da lógica do texto. Em muitos casos, é preciso buscar no contexto o que garantirá finalmente a coerência textual.
TEXTO 5
5. Estabeleçam a lógica desse texto enumerando-o:
Uma história sem pé nem cabeça!
( ) Marília era bem pequena,
( ) que a cômoda no quarto da
( ) colo e deixava que os tocasse
( ) os vidros de perfume, a caixa
( ) onde acendiam velas se
( ) quando descobriu o Mar. Não
( ) Dona Beatriz ria ao vê-la na
( ) anos tinha, mas lembrava-se
( ) faltava luz à noite
( ) com os dedinhos grossos. A
( ) ponta dos pés, querendo alcançar
( ) conseguia se lembrar quantos
( ) Tudo o que havia sobre a
( ) mãe mostrava os porta-retratos,
( ) de jóias (com margaridas pintadas
( ) mãe era mais alta que ela.
( ) cômoda parecia precioso, intocável.
( ) na tampa) o castiçal prateado
( ) os objetos. Pegava Marília no
( ) ─ Mamãe, deixa eu ver lá em cima!
RIOS, Rosana. Marília, Mar e ilha. Editora Estação Liberdade.
REFLEXÃO: Através das diferentes organizações feitas pelas duplas, foi possível observar que os recursos da língua oferecem mais de uma maneira de dar sentido a um texto, mas que todas elas obedecem a uma lógica necessária a essa coerência.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: outras atividades foram propostas, não postarei todas aqui, importa dizer que garantiram uma proveitosa discussão e consolidado aprendizado sobre esses conceitos tão presentes no nosso dia a dia de trabalhadores da linguagem. Farei apenas alusão a sugestão que fiz aos cursistas para a introdução do conteúdo de coesão textual a qualquer turma de alunos, independente do ano/série.
SUGESTÃO APRESENTADA
PRIMEIRA SITUAÇÃO
1. Leve para a sala de aula canos de PVC e conecções usados em encanamentos;
2. Simule uma situação para os alunos em que os canos representem as palavras (substantivos, adjetivos, verbos) – pode até escrever ou colar palavras nesses canos - e as conecções representem os elementos coesivos (conjunções, preposições, advérbios, pronomes, etc.);
3. Construa um pequeno texto com esse material, sempre deixando claro a relação ali estabelecida na qual as palavras (canos) sejam vistas como a parte substancial do texto, mas que precisa de conectivos (conecçãos ali representando os elementos coesivos) para ligá-las, ajudando a construir assim o sentido do texto.
4. Ao final, o resultado deverá ser um pequeno texto construído a partir das palavras e elementos coesivos colados ou escritos nos canos e conecções e uma pequena encanação simbolizando uma situação real de encanamento de uma casa.
5. Não se esqueça de relacionar as palavras COESÃO / CONECÇÃO.
SEGUNDA SITUAÇÃO
1. Leve para a sala de aula pedaços de tecidos, linha e agulha;
2. Os tecidos representam as palavras (substantivos, adjetivos, verbos) e a linha representa os elementos coesivos;
3. A agulha representa o lápis ou caneta e quem costura é o produtor do texto;
4. A relação estabelecida nessa situação deve levar à seguinte reflexão: assim como, ao costurar uma peça de roupa, a costureira ou costureiro precisa de tecido, da agulha, linha, tesoura, etc., assim também o autor de um texto trabalha com as palavras (ali representadas pelos tecidos), de conectivos para ligar suas idéias (ali representadas pela linha), e claro, do cuidado e reparos necessários ao escrever seu texto, ou ao costurar essa peça (ali simbolizada pela agulha, tesoura, movimentos cuidadosos desse (a) costureiro (a)/escritor).
5. Ao final, é possível obter um texto montado a partir do trabalho de costura desses pedaços de tecido. Uma poesia, por exemplo, é uma boa sugestão. Veja essa.
COLCHA DE RETALHOS...
Tantos pedaços de pano
que ao costurar desprezamos...
vão se espalhando pelo chão
parecem sem vida ou forma
tanto pano espalhado
um colorido "sem fim"
apenas pedaços de panos
panos de ti e de mim...
Alguns às vezes por engano
não são reutilizados, ignoramos...
vão se amontoando na lixeira do porão
outros se "condicionam"
nova vida, nova forma
tanto pano "remendado"
um colorido sem fim...
o que eram apenas pedaços
aquecem você junto a mim...
Tantos pedaços de pano
que ao costurar desprezamos...
TERCEIRA SITUAÇÃO
1. Leve para a sala de aula tijolos, cimento,argamassa, colher de pedreiro (exagero? Não é não, tudo pela língua);
2. Mostre aos alunos que aqueles materiais e objetos representam respectivamente: tijolos (as palavras – substantivos, verbos, adjetivos), o cimento (os elementos conectores da língua – conjunções, preposições, pronomes, etc.). Veja que numa situação como esta não tem necessidade de usar esses termos, o importante são os significados que os alunos vão construindo a partir dessas relações que você, como professor, vai possibilitando ao interagir com eles; o trabalho que o pedreiro realiza com a argamassa e a colher de pedreiro representa a leitura e releitura do texto pré-escrito pelo seu autor, que no primeiro momento de escrita (rascunho, esboço) assim como o pedreiro em sua construção, não precisou se importar tanto com as arestas dos tijolos, no texto, com os “erros” ortográficos, repetições, concordâncias entre outros, mas que na etapa de acabamento (construção) e edição (texto), esse olhar cuidadoso volta-se para aquele objeto em construção a fim de se obter o melhor resultado possível para aquele momento, mesmo que provisório, pois é assim, tanto no texto, como em quando construímos uma casa. Por hora o que fizemos nos serve, depois ampliações e reformas tornam-se necessárias.
3. O mais importante dessa comparação está no fato de os alunos compreenderem, aí está o papel do professor em ajudá-los a construir essa compreensão, quea construção de uma casa e de um texto envolve muito trabalho, “suor”, literalmente ou não, mas nem por isso diminui o grande prazer em ver o resultado desse labor: uma bela construção que abrigará uma família que pode até não ser a sua, isso não tem importância, ali está o resultado do esforço do pedreiro e de suas habilidades, e um belo texto que cumpra sua função social ao realizar satisfatoriamente o gênero a que se propôs.
Assim concluo meu relato e consdierações a esta que, assim como as outras, ganha um espaço privilegiado em minha experiência com esse programa que é parte de mim – GESTAR II. Que venha o TP 6 – LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA II.
Encerramento do Programa Pró-letramento
Há 11 anos
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